Lá embaixo, ao pé do morro, o mar bate nas rochas cobertas
de ostras, tal como a vida, que com suas marés altas e baixas bate, empurra e
obriga os humanos e saírem de seus esconderijos e deixarem a luz do sol
penetrar por entre o céu nublado.
Chega de ficar, permanecer, estar, não dê mais nenhum passo,
tome cuidado para o turbilhão da mente não engolir seus melhores pensamentos,
sente-se, acalme-se, admire a paisagem, sinta a natureza, a brisa e as areias do tempo que o vento carrega, aproveite o momento,
dê a volta, suba o morro, olha o caminho que nunca é fácil, erga a cabeça e nos
pequenos sinais, como as placas de advertência que indicam o risco de estar entre
as ostras ou ser uma delas, você descobrirá como extrair e lapidar a pérola do
seu ser.
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