Daqui alguns dias quando o ponteiro do relógio marcar
meia-noite, um ciclo se encerra e outro começa. Chamam de inferno astral os
dias que antecedem este evento, mas é você que faz o seu próprio mal a partir
do momento em que acredita.
O que é uma mulher de trinta anos? Balzaquiana? Significa
que você já tem três décadas de vida? Agora a sua potência é 3.0?
Bem, trinta não passa de um número no calendário da vida.
Idade não faz a cabeça, não é um número que vai mudar o que levei alguns anos
para desenvolver e que resultou nesta personalidade, mas sim os obstáculos,
amores, sucessos, fracassos, expectativas, frustrações e tantas outras coisas
que vão surgir na vida, isso tem o poder de transformar.
Mas aí você pergunta:
- A cabeça não muda, mas e o corpo?
O corpo já é outra história. Os primeiros fios brancos
começam a surgir, as mãos estão um pouquinho mais enrugadas, nota-se alguns
tracinhos próximos aos olhos, você começa a pensar em comer gelatina e a
palavra tônus faz parte das suas conversas na manicure.
- E o amor?
Se o corpo já é outra história, imagine o amor. Mulheres de
trinta são confiantes, maduras, muitas estão solteiras porque aprenderam a
escolher e quando pintar a pessoa certa elas sentirão, pois o sexto sentido foi
ativado pelas diversas paixões vividas.
Daqui alguns dias ao olhar as fotografias antigas, as
lembranças reunidas dentro da caixa de presentes, o diploma na parede, souvenires
pendurados na mão francesa da prateleira, os livros na estante, os quadros na
sala de estar, a cozinha onde a família se reunia, pensarei nas pessoas que não
poderão estar fisicamente durante a transição para os trinta anos, três décadas
de muita história para contar e até os trinta e um ainda haverá muito a
aprender.
Estou a beira dos trinta e vou pular.
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