Todo ser humano precisa de atenção, mas como tudo na vida, o
excesso pode ser prejudicial.
Outro dia me propus a conhecer uma pessoa nova. Conversamos
um pouco, trocamos telefone e a partir daí recebi algumas mensagens, mas não
respondi com a atenção e agilidade desejadas, o que causou um mal estar entre
ambos.
Carência, vazio, mimo... Estão todos na mesma panela, temperados
pela necessidade da estima, que está lá em cima, bem perto do topo da pirâmide
de Maslow. O carente precisa que alguém massageie o seu ego com palavras doces
e diga: estou aqui sempre à sua disposição!
Por mais que você queira, hoje em dia não é fácil estar
sempre disponível para dar amor, o ombro amigo, a presença, a alegria da
mensagem de bom dia logo pela manhã no seu celular, ou as cartas escritas pelas
mãos trêmulas de emoção.
Na busca incessante pela atenção, é muito provável que o
inverso aconteça e aquele seu objeto de desejo passe a afastar-se, pois você
pediu demais, além da conta e extrapolou os limites do precisar.
Mais importante do que ter alguém é não precisar daquela
pessoa para suprir a sua vida, por isso, como dizia o Mário Quintana: o segredo
é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham
até você.
Este texto também foi publicado no site Blah Cultural: http://blahcultural.com/carencia/ .
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