segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A Perseguição

No trânsito de São Paulo sempre existirá um maluco.

Vida corrida, selvageria sem limites e eu dentro do ônibus lotado. De repente, um tranco. O motorista havia arrancado o retrovisor da van que ao invés de estar na direita estava na esquerda. O ônibus não parou e continuou seu caminho até o próximo ponto, mas...

O senhor que dirigia a van seguiu o ônibus e a cada parada o motorista descia para discutir. A viagem que já não é curta ficou ainda mais longa e o povo apertado à mercê daquelas criancices protagonizadas por dois adultos sem juízo.

Do que adiantava aquele bate-boca todo se a solução mais simples era resolverem a situação com uma conversa civilizada? Ah... Isso não existe no trânsito de São Paulo. Alguém precisa perder e alguém precisa perder, pois nunca haverão vencedores aqui.

Desci, mas a van continuou a perseguir o ônibus, provavelmente iria até o final da linha. O final da linha significava a solução do problema? Talvez... Mas poderia ser o final da linha para qualquer um, aquele limite entre a vida e a morte tão banalizado hoje em dia.

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