Acordei sem ter certeza se o tempo corria a meu favor, ou se
as coisas iriam por água abaixo. Entramos no horário de verão e nem ajustei os
relógios. O compromisso era às nove horas da manhã, o relógio do celular
marcava sete e meia – ou seria oito e meia. Mas não acreditei na tecnologia, às
vezes ela falha.
Tentei ligar no serviço “hora certa” que a operadora de
telefonia oferece, queria ter certeza de que a vida não sacaneava. Não
encontrei o número, na verdade nunca guardei na agenda, pois sempre pensei que
era totalmente sem propósito telefonar para saber as horas se você pode olhar
no relógio da cozinha.
Aí vocês perguntam:
- E os relógios de parede? Não poderiam inocentar o telefone
celular?
Não. Os relógios de parede estão estáticos, calados... Nem
um TIC... Nem um TAC...
Ah! Também não uso relógio de pulso – caso vocês tenham
pensando nessa possibilidade de conferir as horas, minutos e segundos.
A última esperança era ligar o computador e comparar os
horários. Todo mundo sabe que essas maravilhas da informática sempre ajustam
automaticamente os ponteiros, contudo novamente não acreditei na tecnologia, às
vezes ela falha.
Não sabia
em que momento no tempo eu estava, se era passado ou presente. Quando cheguei à estação o velho relógio
marcava oito horas, horário de verão. Enfim, acreditei.
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