Olhava pela janela e a chuva caia lentamente sobre folhas do
pé de café. Faz tempo que ele deixou de dar frutos e agora é só mais um
elemento de decoração na paisagem. É natureza morta para um pintor qualquer.
Quando ele estava vivo minha avó colhia seus grãos
avermelhados. Deixava-os secar ao sol que batia no quintal logo pela manhã.
Depois de torrados, os grãos eram moídos e a casa ficava com aquele delicioso
aroma do café no seu estado mais puro.
Há uma grande diferença entre provar um café industrializado
e um produzido artesanalmente na cozinha da casa de sua avó. Sinto saudades dos
tempos gloriosos do pé de café e daquele tempo em que o carinho estava embutido
naqueles pequenos grãos.
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