Dormir até mais tarde num dia de folga.
Não abrir o guarda-chuva e sentir a natureza escorrer pela
sua pele.
Andar descalço pela grama, na areia da praia, sobre as
pedras antigas de uma cidade histórica.
Comer biscoito de maisena com manteiga, mas sem utilizar a
faca para esparramar.
Esquecer o relógio de propósito só para sentir-se senhor do
seu tempo.
Andar pela casa de roupão depois de tomar um banho cheio de
espuma.
Desligar os telefones e a TV. Desconectar-se do mundo
virtual e ficar um pouco com si mesmo.
Passear pelo parque, ouvir o canto dos pássaros e esquecer
as buzinas barulhentas na avenida.
Pilotar a sua moto e
perceber que o vento bate no seu rosto e os cabelos ficam esvoaçantes.
Ficar na cama e perder a hora depois de desligar o
despertador e pensar: só mais cinco minutos e eu levanto.
Demorar no banho porque é sábado e você não vai trabalhar.
O chopp com os amigos nas noites de sexta-feira.
Viajar sozinho e ficar deitado numa rede o dia todo, pois
está de férias.
Tem tanta coisa que eu poderia dizer, a liberdade está em
coisas tão pequenas, coisas que cabem até na palma da mão, algumas nem são
materiais.
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