O tempo é mais leve que o ar, mais rápido que o vento e
mesmo assim o homem tenta controla-lo. Munido de ponteiros, números, cordas, baterias,
LEDs, LCDs, análogicos, digitais, ele inventou o relógio.
Relógios... Alguns são mais otimistas, sempre atrasados para
não assustar quem acorda em cima da hora. Tem os relógios realistas que mostram
as horas como elas são, o tempo como ele é, sem frescura e firula. Mas, os
relógios pessimistas são os mais temidos. Você olha e diz: tudo bem! Levanta,
toma banho, café da manhã sossegado, pega a lotação até o metrô e aí vê o
relógio da estação e descobre que está ferrado e não há nada a fazer senão enfrentar a cara feia do seu chefe, na verdade pode até ser um reflexo da sua
consciência.
Todos têm uma noção interna de tempo e muitas pessoas nem usam
relógio. Às vezes, o condicionamento basta. É uma forma de liberdade não usar
relógio, pois muitas vezes ele exerce controle sobre aquele que usa, pode
cerca-lo pelas pressões dos compromissos, o inimigo do tempo na era moderna, stress.
Com ou sem ele, a vida continua, em ritmos diferentes para
cada um, pois o tempo está em suas mãos, ou melhor, muitas vezes no seu pulso.
O tempo e como usá-lo é uma escolha, assim como tudo na vida.
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