Leitor eu vou lhe mostrar,
Um caso muito engraçado,
Tinha um moço no metrô,
Repentista inveterado.
Um artista que fazia do vagão do metrô o seu palco. Toca o seu pandeiro para o povo que passa pelo menos 4 horas por dia aglomerado, que sente o bafo quente na nuca, usa os cotovelos para se defender e o jeitinho brasileiro para arranjar um espaço para ir um pouco menos apertado até chegar à Sé. Ele faz rima do chinês parecido com o Jackie Chan e da mulher que tem um escorpião no bolso, ela gosta da homenagem, mas prefere continuar com o bichinho no bolso.
O metrô continua seu movimento e o homem anda pra lá e pra cá ao ritmo de seu pandeiro. Faz uma rima e outra no corredor e o povo animado esquece um pouco as angústias, esse povo brasileiro que toca sua vida ao ritmo louco da cidade.
Aparece a censura representada pelos guardas da estação, então ele desembarca para continuar a sua missão de alegrar em outro vagão.
No final,
Vou lhes dizer,
Quem ouviu o repente,
De repente voltou a viver.
Nossa! adorei seu testo, ótimo...pra quem conhece e sabe o que é o aperto do metrô paulistano, entendeu muito bem e sabe o valor do repentista....estou compartilhando com twitter e facebook, abçs
ResponderExcluirOi Ana,
ExcluirSim, temos que valorizar a arte e a cultura seja dentro ou fora de um vagão, pois às vezes é a única alternativa que aquele passageiro têm para esquecer um pouco os apertos da vida.
Abraços e uma ótima semana.